Skip to main content

O Ciclo do Namoro Interior

“Nada pode ser criado sem paixão.”

A realidade que o criador quer transformar passa antes de tudo por ele mesmo.

Alma gêmea significa o reflexo da sua essência neste momento. Toda vez que temos um relacionamento com alguém, seja de amizade, parentesco ou amoroso, esta relação está refletindo aquilo que somos. Se um relacionamento fracassa através daquilo que julgamos como fracasso é porque a parceria estava exercendo o reflexo de nossa condição naquele momento.

O parceiro funciona como um espelho de nossos ideais e dos arquétipos criativos que vamos construindo ao longo do percurso. Mesmo que ainda não estejamos vivendo uma parceria real com alguém, este parceiro está vivo em nosso interior. Um novo romance começa a nascer através de uma percepção aguçada de nossas mais íntimas necessidades. O universo só conhece um caminho para nos retribuir com a manifestação e este caminho é através das nossas sensações, sentimentos, pensamentos, medos, crenças, desejos e desprendimento. Nenhuma vontade fica sem resposta; todos os desejos e considerações serão, cedo ou tarde, experimentados na realidade.

Quando começamos a desvendar o que merecemos da vida, é estabelecido o processo de realinhamento de nossas crenças e esse percurso é natural e gradativo. Novas descobertas e sentimentos vão desenhando melhor as necessidades e definindo que tipo de relacionamento nos será mais satisfatório. As escolhas criam uma espécie de ciclo apaixonado porque nosso sistema biológico, cerebral e espiritual se convence que isso é o melhor e passa a gerar as sensações químicas apropriadas como se essa relação já estivesse existindo.


Em âmbito mais profundo, esta relação estará interagindo com todas as partes de si mesmo. Embora o outro ainda não seja de fato real, um caminho traçado e personalizado começa a ser firmado de acordo com o nível crescente de encantamento que descobrimos em nós mesmos.


Todo o relacionamento que se manifesta em sua vida, está ali porque um relacionamento bem mais amplo foi travado consigo mesmo. Os espaços vazios em seu interior precisam ser preenchidos de significados para que algo novo possa ser gerado. E ao ser completado, como as peças de um jogo que se encaixam perfeitamente, o seu entusiasmo apaixonado vai dando lugar a uma postura segura e desprendida quanto ao resultado. Intimamente, você sabe que seus sentimentos são criadores e que o rumo da vida irá lhe colocar diante de tudo que outrora você concebeu.


Quando você reconhece que é um ser perfeito e digno do mais alto grau de amor, você reconhece toda a verdade sobre o mistério da vida e compreende o poder divino em seu interior. A paixão pelo outro é o reflexo da imagem que você tem sobre si mesmo, porque aquilo que você é reflete proporcionalmente as suas atuais necessidades. E através desses sentimentos cognitivos, suas escolhas sobre o outro começam a ser refinadas e finalizadas.


Mesmo quando admiramos um romance, um poema, um filme ou a postura de alguém, estamos autorealizando através do encantamento, pois a mensagem que está sendo enviada ao nosso sistema cerebral/ sensorial é: “Eu quero assim, desejo viver isto, isso é bom demais...”. Deixe-se levar por este encantamento e relaxe quanto qualquer tipo de procura por um companheiro, apenas deixe acontecer... O parceiro ideal está dentro de você e é de lá que se manifestará através da alquimia perfeita do seu coração. A realidade exterior é apenas um aspecto dimensional que a todo o momento pode ser modificada. Suas sensações estarão lhe mostrando um caminho se formando conforme você vai administrando seus sentimentos. Quando você sentir que um cenário ideal está sendo saboreado em seu interior é porque você está travando um verdadeiro caso amoroso com a realidade. Cedo ou tarde, a realidade terá que responder aos seus sentimentos lhe enviando o evento, a pessoa, ou uma situação ideal que corresponde exatamente com o que você vem sentindo.

Todos os seus desejos estão vivos em função de experimentar as diversas formas de amor. A vida, o universo e o amor da sua Divindade por você é tão transcendente que está sempre buscando o mais alto grau de perfeição em termos de sentimentos para lhe enviar uma obra que lhe fará plenamente feliz. A Divindade “ouve e responde” quando o ser humano está em alta conexão amorosa. Por meio de um diálogo íntimo e criador, todas as conexões são ativadas preenchendo os vazios em suas percepções. Contudo, o objeto da sua criação está sempre em busca da matéria prima, da sua quinta-essência para gerar algo novo e melhor.

Seu coração apaixonado é a expressão do núcleo poderoso da perfeita criação. Por isso todos os relacionamentos da sua vida, nada têm a ver com algo que vem de fora de si mesmo. A responsabilidade por sua vida e os caminhos que ela toma é inerente aos seus ditames internos. Aquilo que você conclui que merece receber do outro desenhará um relacionamento, porque faz parte de todas as sensações que você vem dando a si mesmo.

O amor é uma energia rica e fluídica e quando algo em seu interior aciona um radar de que você está pronto para o amor, a pessoa específica, por encanto, aparece. O encontro simplesmente acontece como um milagre suave que não requer ordem nem iniciativa da sua parte. O amor segue aquele que está despreocupadamente encantado. O amor transforma a sua química espiritual e quando menos se espera, a mais perfeita obra da sua criação, bem como você imaginou e planejou, estará disponível em sua vida. Isso acontece sem que você esteja planejando no momento. A vida apenas copia o que está florescendo em seu interior. Apaixone-se e entregue o seu encantamento para o universo. Um milagre existe para ser vivenciado.

Autor Desconhecido

Comments

Popular posts from this blog

A Vida é uma Porcaria

Sim, a vida é mesmo uma porcaria! Não importa se você é rico, pobre, alto, magro, gordo, feio, bonito, famoso, forte, fraco, tímido, divorciado, casado, com filhos, com netos, bêbado, sóbrio ou ainda burro e ignorante. A vida é uma porcaria. Como eu sei disso? É bem óbvio. Basta observar as pessoas por aí. Existem dois tipos de pessoas. As que sabem que a vida é uma porcaria, como eu e aquelas que por algum motivo cretino tirado de não sei aonde, acham que a vida deve ser boa, ou melhor, que é boa. Eu explico. Na vida de todo mundo, sempre vão acontecer mais coisas ruins do que coisas boas, seja por azar, seja por inapetência, seja por vingança ou até por uma questão de expectativas. Basta olhar os animais nos documentários da TV, vocês já viram o inferno que eles passam para comer e fazer sexo? As vezes eles passam uma semana inteira no “rock and roll” para comer uma droga de um rato (no caso das corujas, coitadas). E os gafanhotos que finalmente quando conseguem copul...

HOJE: Lembrar de Esquecer Você

Hoje eu lembrei de esquecer você mais um pouquinho. O plano está dando certo porque nem precisei apelar pro recadinho que colei na porta da geladeira. Aos poucos consigo te enxergar como uma pessoa normal, comum, exatamente como eu. Não preciso mais olhar lá pra cima, na direção da admiração sublime, para te ver... Faz parte. Não, quer dizer, fez parte. Acho mesmo que meu maior receio era me deixar perdido dentro de você e ir embora. Como me reencontraria? Como seria o recomeço faltando pedaços? Mas isso tudo é lenda que as pessoas inseguras nos contam. O desapego ocorre aos poucos, devagar. A gente vai lembrando menos, falando menos, tocando menos. A gente elege outras prioridades, inventa novas necessidades e vai seguindo assim. Acontece mais ou menos como viver um conto de fadas ao contrário: Cria novos heróis para esquecer os vilões que, acredite, um dia foram heróis. É uma conta que não bate, mas quem disse que existe lógica em tudo?! Não quero encontrar lógica...

O Lado Fatal

I Quando meu amado morreu, não pude acreditar: andei pelo quarto sozinha repetindo baixo: "Não acredito, não acredito." Beijei sua boca ainda morna, acarinhei seu cabelo crespo, tirei sua pesada aliança de prata com meu nome e botei no dedo. Ficou larga demais, mas mesmo assim eu uso. Muita gente veio e se foi. Olharam, me abraçaram, choraram, todos com ar de incrédula orfandade. Aquele de quem hoje falam e escrevem (ou aos poucos vão-se esquecendo) é muito menos do que este, deitado em meu coração, meu amante e meu menino ainda. II Deus (ou foi a Morte?) golpeou com sua pesada foice o coração do meu amado (não se vê a ferida, mas rasgou o meu também). Ele abriu os olhos, com ar deslumbrado, disse bem alto meu nome no quarto de hospital, e partiu. Quando se foram também os médicos e sua máquinas inúteis, ficamos sós: a Morte (ou foi Deus?) o meu amado e eu. Enterrei o rosto na curva do seu ombro como sempre fazia, disse as palavras de amor que costumávamos trocar. O silêncio ...