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Showing posts from February, 2008

Relações daninhas e os seres tóxicos

O ciúme, o desejo de sucesso e de amor exclusivo estão na origem dos vínculos daninhos. Há seres tóxicos capazes de nos infectar com sua negatividade, mas também antídotos e técnicas para livrar-se do que nos amarga a vida e nos impede de crescer Há pessoas em nosso entorno familiar, laboral ou social, cujos comentários e atitudes nos complicam a existência. Gente perigosa para nossa saúde mental, emocional e física, das quais convém manter distância, ou pelo menos limites definidos , se não temos mais remédio que conviver ou nos encontrar com essas pessoas tóxicas. Quem quer que nos aflija com sua atitude , que não nos deixa crescer, não se mostra contente com nosso sucesso e que põe barreiras em nossos esforços para sermos mais felizes , pode ser considerado uma pessoa tóxica para nossa vida, embora para qualquer outro indivíduo seja inofensivo. Para a psicóloga americana Lillian Glass, a raiz de toda toxicidade nas relações humanas é o ciúme . Por que algumas pessoas próxim

Coisas que eu sei (tão poucas...)

Eu quero ficar perto de tudo que acho certo Até o dia em que eu Mudar de opinião A minha experiência, meu pacto com a ciência Meu conhecimento é minha distração... [ Buscar a proximidade com o que se acha certo, é não abrir mão de valores, independente da "correnteza" ou do que é vendido como certo. É acreditar em sua voz interna, respeitar a do próximo e não aceitar a culpa por sua atitudes - quando internamente fundamentadas. O pacto com a ciência revela, juntamente com a experiência, os valores que podem ser facilmente moldados a personalidade de um grupo onde cada indivíduo perde a sua característica maior: a individualidade. Daí, atribuir ao conhecimento uma forma de distração seria dizer que mesmo nos momentos de lazer, não precisamos nos tornar vazios ou fúteis... ] Coisas que eu sei... Eu adivinho sem ninguém ter me contado Coisas que eu sei... O meu rádio relógio mostra o tempo errado: Aperte o Play... [ Vagamente afirmar o que se sabe é uma forma de admi

O Menestrel

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas

A verdade e o pote

Hoje me peguei pensando vagamente sobre a importância das estrelas e a verdade. De fato, não consegui estabelecer uma relação, mas na falta de algo concreto, quis que fosse assim - prefiro indicar o caminho à minha mente para que ela não se perca mais de mim. Fico imaginando - na doce tentativa de não enxergar o óbvio - o quanto seria bom se eu relativasse a importância da verdade. Afinal, quem pode ser seu único dono? Daí, aceitar que essa relatividade possa me levar a sentir culpa é um pulo. Que perigo! Percebo o quanto sou racional pela exacerbada vontade de colocar a verdade dentro de um pote límpido e deixá-lo no rack da sala ou sobre uma bela mesa de vidro. Esqueço de olhar pela janela e me pego com os olhos fixos naquele pote cheio de verdades... Perda de tempo? O que tento mudar em meu passado com isso? Eis outras perguntas das quais não sei a resposta. Mas certamente algo trago dentro de mim: Basta de ser culpado por andar ao lado dela! Sei de seus espinhos que me cortam a pel

Eu os declaro marido e mulher... até que se cansem!

Apesar de as pessoas continuarem amando, casando e fazendo juras de amor eterno, estatísticas no mundo ocidental revelam que a quantidade de pedidos de divórcio aumenta em uma velocidade maior que a de casamentos realizados, como conseqüência dos novos modelos sociais que impedem que o casal se conheça a fundo e aprenda a conviver em harmonia. Na Espanha, um dos países do mundo ocidental onde a "crise do matrimônio" é mais forte, os 96.700 pedidos de divórcio apresentados nos nove primeiros meses de 2007 superaram a quantidade registrada em 2005, primeiro ano de aplicação da lei do divórcio expresso no país. Os pedidos de separação, cerca de 7.666, caíram 86% no mesmo período. Dados oficiais indicam ainda que a cada cinco divórcios (20,19%), um acontece entre casais casados há menos de cinco anos e quase 27% dos que terminam a relação estavam junto há vinte anos ou mais. Os números espanhóis revelam a crise de uma instituição cada vez mais questionada por diversos grupos e

A Elegância do Comportamento

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca. É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das

Laços

http://www.youtube.com/watch?v=gl74J-aAnfg De que valem os passos em qualquer sentido? Ou o caminho que trilhamos empurrados... Se o vento que nos sopra nos empurra, de que adianta nos movermos? Avançamos, sim, em alguma direção. E isso é o mais importante. No caminho colhemos, plantamos, observamos, crescemos... Por mais que possa parecer o contrário, avançamos! Por isso, olho para dentro de mim e vejo a marca. Ela está como um selo. Diz para onde vou e a quem pertenço. Isso é o que me direciona agora. Finalmente, de volta ao caminho de onde nunca deveria ter saído. Alexandre Barreto

Em que direção olhar...

Só conseguimos voltar a ter prazer se reciclamos nossa capacidade de observar e valorizamos detalhes não contemplados. Tudo é relativo. Nada tem um único ponto fixo de referência ou uma única interpretação. Daí, partir para a aceitação de verdades diferentes é um real ato de altruísmo. Observar com os olhos de terceiros é um gesto sobrenatural. A verdade nua e absoluta acaba escondendo os verdadeiros tesouros. Nada é por acaso e muito menos fácil. Acho que a beleza ainda está no contemplar as pequenas coisas. É mais barato para a alma que tem maiores chances de continuar inteira no decorrer da existência. Seria fácil demais concentrar-se na beleza congelada na cena: a fragilidade do momento; a busca pelos destroços; a oportunidade de fazer diferente... Seria humano em demasia observar com tristeza a embarcação da vida naufragando; indo para o fundo; indo para a solidão eterna destrutiva; abrindo mão do direito de continuar. Seguir uma nova rota. Refazer as avarias e continuar. Seria ma

A Menina dos fósforos

Estava muito frio, a neve caía e já estava começando a escurecer. Era a noite do último dia do ano. Uma menina descalça e sem agasalho andava pelas ruas, no frio e no escuro. Quando atravessou correndo para fugir dos carros, a menina perdeu os chinelos que tinham sido da mãe e eram grandes demais. Um ela não achou mais e um garoto levou o outro, dizendo que ia usar como berço quando tivesse um filho. A menina já estava com os pés roxos de frio. Tinha um pacotinho de fósforos na mão e outro no avental velho. Naquele dia não tinha conseguido vender nada e estava sem um tostão. Com frio e com fome, ela andava pelas ruas morrendo de medo. A neve caía no cabelo cacheado, mas ela não podia pensar nem no cabelo nem no frio. As casas estavam iluminadas e havia por toda parte um cheirinho gostoso de assado de ano novo. Era nisso que ela pensava. Num cantinho entre duas casas, ela se encolheu toda, mas continuava sentindo muito frio. Voltar para casa, nem pensar: sem dinheiro, sem ter vendido na

Dois lados

Onde foi que eu me perdi? A escolha parecia tão coerente. Porque será que os caminhos ficaram tão distantes? Perguntas... Perguntas... Perguntas... Tão pouco a ser respondido. Na verdade, tenho uma cabana em que todas as respostas dormem tranquilas. Protegidas pelo comodismo de serem tiradas do lugar, e pela receio de pular o (ou no) abismo. O que importa neste caso, não é a profundidade do abismo, mas a distância entre as paredes. Porque nunca percebi isso antes? Confesso - e esse é o meu erro recorrente - que tudo não passa de uma interpretação exterior. Já tinha conhecimento de que o vento sempre acaba por imprimir sua marca se não nos sentirmos fortes o bastante para nos matermos como rochas. Enfim, só queria saber porque andei tanto antes de procurar o retorno ou buscar o caminho certo. Certo, aliás, não seria um termo apropriado. Mas a esta altura (e voltamos ao abismo como referência) o que importa? Aos poucos vou conseguindo enxergar cada caracter que forma as iniciais do me

Perdas...

Questiono-me até que ponto as perdas levarão algo de mim... Claudia Borio - "Woman Tree" Ainda não consigo entender bem como a correnteza que me atinge leva o que tenho de valioso. Para onde não importa. Mas por quê? Percebo que a primeira união - a que vem do sangue - ainda é bastante eficaz no controle e diagnóstico do que é importante, e tento me concentrar no ponto em que tudo era normal. Onde ele deixou de existir? Onde ele foi violentamente atropelado e ignorado no meio da estrada? Meus braços conseguem fazer com que meus pensamentos atinjam o Céu. Interessante perceber isso agora no meio da multidão, mas não me preocupo com o espaço físico em que estou - mas para onde vou. Não vejo a hora da chegada da primavera. Nestas imensas noites, minha visão ficou muito limitada e preciso do sol para enxergar o meu caminho de volta. O mais incrível é que a volta não significa o retorno. Retorno a maneira tradicional de caminhar. Percebo nitidamente que minhas vontades são outras

O Céu nos deixa na Terra

Essa é a imagem que tenho da minha janela. Nem tudo é o que parece. Ao invés de um astro, uma obra da engenharia humana para cruzar fronteiras com agilidade. Qual o objetivo da agilidade? Porque tudo tem que ser, começar e acabar com ela? Ainda estou sob efeito de uma fábula que falava de caixas, sentimentos, vidas, relacionamentos, roubos e fatos. Os fatos são o que mais provocam ecos em mim. Talvez em função de levar tudo tão a sério. Não queria mesmo que minha mente se ocupasse na contramão da correnteza atual, mas prefiro pagar o preço de manter a minha sanidade e minha própria identidade. Apesar do reflexo no espelho tentar me convencer de sua importância em alto e bom som, ainda acredito no resultado que uma tumografia computadorizada não pode mostrar - a essência. Ainda olhando pela minha janela percebi que não tenho asas. Mas não lamento por não poder voar, mas por não poder proteger. Talvez o buraco na camada de dignidade tenha corrompido a ação de minhas asas e não

No início

É perceptível que o começo não é no início. Não pelo menos hoje. Percebi um tranco nos meus ombros e meus dedos funcionam com cordas - como as marionetes - em cima do teclado neste exato momento. Ainda tenho medo de olhar e ver quem os controla; simplesmente observo as palavras surgirem no meu monitor, vislumbrando a possiblidade(e a esperança) de me conhecer melhor. Isso é possível? Um sentimento ímpar me invade e sou impelido a continuar... continuar... continuar... Continuar até chegar ao início? Percebeu agora o que eu já sabia? Tudo pra mim é um círculo; um andar na praça; a tentativa de se perceber as pequenas e frágeis coisas. Calvin