Skip to main content

Encontro no Tempo



Acredito que os casais mais felizes encontraram-se, não na internet, no acaso ou na fila da padaria. Eles se encontraram no tempo.

A sincronicidade entre duas pessoas faz com que elas vivam no mesmo tempo, olhem para o mesmo futuro e tenham abandonado seus respectivos passados. Aprenderam com o que viveram, sonham motivados pelo espírito livre e escolheram viver com o aprendizado das escolhas feitas no passado. Mas o passado ficou. Passou. Virou um ponto de lembrança.

Mas a dinâmica da vida reside justamente nisso, em nossas escolhas.

O tempo me ensinou que quando não fazemos escolhas, a vida acaba fazendo por nós, e se por um lado podemos perder algo em uma opção errada, deixar de escolher pode nos fazer perder tudo.

O brilho da vida é o reflexo de nossa caminhada e depende de nossa disposição em jamais parar, seja no tempo, ou em escolhas que venceram o prazo de validade. Assim, podemos mudar nossa direção diante de fatos que nos são impostos, mas nunca voltamos atrás. Isso parece tão óbvio quanto de fato é: Só voltamos ao passado em filmes de ficção científica, ou quando escolhemos enterrar nossos sonhos no presente...

Talvez nosso maior erro nessa vida seja segurar na mão de uma pessoa que ainda esteja com suas âncoras fincadas em águas paradas, passadas. É preciso então seguir sozinho para outros mares, outras praias, seguir em frente em busca de novos erros e acertos.

Parar no tempo e deixar a vida passar é o grande equívoco que leva o homem a negar a vida e somente sobreviver...

Faça suas escolhas e viva!

A vida é uma só e o único responsável pela sua felicidade é você mesmo!

Popular posts from this blog

Pra Rua Me Levar* - e Divagações**

“Não vou viver como alguém que só espera um novo amor,  há outras coisas no caminho onde eu vou.  Às vezes ando só trocando passos com a solidão,  momentos que são meus e que não abro mão.” O que é o tão descrito amor e quais os sentimentos que ele envolve? As pessoas hoje em dia confundem muito – e talvez nem saibam – o que de fato representa o amor. Sem respeito, admiração, companheirismo, cumplicidade, alegria, realização e tantos outros detalhes, o amor nunca pode acontecer plenamente dentro de alguém. Por isso mesmo, o amor compreende muito mais que um único sentimento na vida das pessoas e nunca pode andar divorciado de outras ações. Existem momentos em que somos forçados a andar sozinhos - trocar passos com a solidão. Não porque queremos, mas porque não existe outra opção. Essa caminhada acaba sendo necessária, mesmo porque, a solidão não deve assustar e nem comprometer o sono: Passado algum tempo de aprendizado você passa a se conhecer, aceitar e ser feliz, independente de

O Lado Fatal

I Quando meu amado morreu, não pude acreditar: andei pelo quarto sozinha repetindo baixo: "Não acredito, não acredito." Beijei sua boca ainda morna, acarinhei seu cabelo crespo, tirei sua pesada aliança de prata com meu nome e botei no dedo. Ficou larga demais, mas mesmo assim eu uso. Muita gente veio e se foi. Olharam, me abraçaram, choraram, todos com ar de incrédula orfandade. Aquele de quem hoje falam e escrevem (ou aos poucos vão-se esquecendo) é muito menos do que este, deitado em meu coração, meu amante e meu menino ainda. II Deus (ou foi a Morte?) golpeou com sua pesada foice o coração do meu amado (não se vê a ferida, mas rasgou o meu também). Ele abriu os olhos, com ar deslumbrado, disse bem alto meu nome no quarto de hospital, e partiu. Quando se foram também os médicos e sua máquinas inúteis, ficamos sós: a Morte (ou foi Deus?) o meu amado e eu. Enterrei o rosto na curva do seu ombro como sempre fazia, disse as palavras de amor que costumávamos trocar. O silêncio

La Marioneta de Trapo

Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem. Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom sorvete de chocolate. Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, vestiria simplesmente, me jogaria de bruços no solo, deixando a descoberto não apenas meu corpo, como minha alma. Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas um poema de Mario Benedetti e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à Lua. Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos