Skip to main content

Escolha Viver

Penso de forma muito simples. Pouco importa se é uma bela e ensolarada manhã de domingo ou o início de uma segunda-feira chuvosa. Nossos dias são divididos em preciosas horas e só temos uma certeza: Elas não param. Então, você também não pode ficar parado.

Avançar pelo caminho não quer dizer que você precise deixar de olhar pra dentro de si mesmo. Defendo a prática de alguns momentos de silêncio para ouvirmos o que pouca gente descobriu: nossa voz interior - ou consciência, como achar melhor.

Cada vez mais nossos dias encurtam, assumimos mais compromissos e interagimos com mais pessoas - pessoal, emocional ou profissionalmente. A maioria dos desafios impostos não ofereceram um aprendizado em sala de aula onde a Vida ministra acerca de um manual de instruções a ser seguido. Vamos andando, aprendendo, correndo, acertando, tropeçando e errando. 

Claro que o acertar e o errar tem uma relação direta com o bom e o ruim, com o certo e o errado. Quando a gente para pra pensar um pouquinho percebe que as fronteiras que separam essas atitudes e comportamentos contrários é muito relativa. O que é certo pra mim, pode não ser pra você. O que é bom pra uma pessoa, pode ser ruim pra outra. Nesse ponto a gente se dá conta que precisa ceder em alguns momentos,

Mas então, como escolhemos o momento certo de ceder?! Qual é o ponto certo para convivermos com o errado? Como criar uma escala de prioridades?

Não tenho essa resposta, mas gosto daquele conselho que recomenda o famoso "Não faça aos outros o que você não quer que seja feito a você."

A grande verdade é que não podemos escolher por ninguém. E acredito que esse tipo de influência não funciona, na nossa ausência o outro volta ao "normal" porque ninguém consegue deixar de ser si mesmo o tempo todo. Vale então apelar pra afinidade, se relacionar com pessoas que sejam parecidas entre si e esquecer da ditadura da tradição, da moda e do sucesso. No último caso, pouca gente percebe, mas não é o que você carrega no bolso que enche o teu coração. Ou como já foi dito, "As melhores coisas desta vida não são coisas."

Acredito que a razão consegue ajudar muito nas relações. Você pode ser questionado por ser frio ou muito racional, mas certamente irá conviver melhor se souber equilibrar a razão com a emoção.

Então, neste aprendizado diário que é a Vida,  um equilíbrio entre os extremos parece ser bem adequado. E quando você se deparar com as opções, não hesite: 

Entre errar e acertar escolha viver. Quando a razão falhar, deixa o coração falar.

Alexandre Barreto

Comments

Popular posts from this blog

A Vida é uma Porcaria

Sim, a vida é mesmo uma porcaria! Não importa se você é rico, pobre, alto, magro, gordo, feio, bonito, famoso, forte, fraco, tímido, divorciado, casado, com filhos, com netos, bêbado, sóbrio ou ainda burro e ignorante. A vida é uma porcaria. Como eu sei disso? É bem óbvio. Basta observar as pessoas por aí. Existem dois tipos de pessoas. As que sabem que a vida é uma porcaria, como eu e aquelas que por algum motivo cretino tirado de não sei aonde, acham que a vida deve ser boa, ou melhor, que é boa. Eu explico. Na vida de todo mundo, sempre vão acontecer mais coisas ruins do que coisas boas, seja por azar, seja por inapetência, seja por vingança ou até por uma questão de expectativas. Basta olhar os animais nos documentários da TV, vocês já viram o inferno que eles passam para comer e fazer sexo? As vezes eles passam uma semana inteira no “rock and roll” para comer uma droga de um rato (no caso das corujas, coitadas). E os gafanhotos que finalmente quando conseguem copul...

HOJE: Lembrar de Esquecer Você

Hoje eu lembrei de esquecer você mais um pouquinho. O plano está dando certo porque nem precisei apelar pro recadinho que colei na porta da geladeira. Aos poucos consigo te enxergar como uma pessoa normal, comum, exatamente como eu. Não preciso mais olhar lá pra cima, na direção da admiração sublime, para te ver... Faz parte. Não, quer dizer, fez parte. Acho mesmo que meu maior receio era me deixar perdido dentro de você e ir embora. Como me reencontraria? Como seria o recomeço faltando pedaços? Mas isso tudo é lenda que as pessoas inseguras nos contam. O desapego ocorre aos poucos, devagar. A gente vai lembrando menos, falando menos, tocando menos. A gente elege outras prioridades, inventa novas necessidades e vai seguindo assim. Acontece mais ou menos como viver um conto de fadas ao contrário: Cria novos heróis para esquecer os vilões que, acredite, um dia foram heróis. É uma conta que não bate, mas quem disse que existe lógica em tudo?! Não quero encontrar lógica...

O Lado Fatal

I Quando meu amado morreu, não pude acreditar: andei pelo quarto sozinha repetindo baixo: "Não acredito, não acredito." Beijei sua boca ainda morna, acarinhei seu cabelo crespo, tirei sua pesada aliança de prata com meu nome e botei no dedo. Ficou larga demais, mas mesmo assim eu uso. Muita gente veio e se foi. Olharam, me abraçaram, choraram, todos com ar de incrédula orfandade. Aquele de quem hoje falam e escrevem (ou aos poucos vão-se esquecendo) é muito menos do que este, deitado em meu coração, meu amante e meu menino ainda. II Deus (ou foi a Morte?) golpeou com sua pesada foice o coração do meu amado (não se vê a ferida, mas rasgou o meu também). Ele abriu os olhos, com ar deslumbrado, disse bem alto meu nome no quarto de hospital, e partiu. Quando se foram também os médicos e sua máquinas inúteis, ficamos sós: a Morte (ou foi Deus?) o meu amado e eu. Enterrei o rosto na curva do seu ombro como sempre fazia, disse as palavras de amor que costumávamos trocar. O silêncio ...