Quero sua aproximação lenta e suavemente. Venha andando devagar para que eu possa decorar seus passos e traga o brilho do seu sorriso como cartão de visitas. Deixe-me ouvir o som da sua voz como minha canção predileta, e só termine a música quando perceber que o sono, teimoso, me venceu.
Me fale da sua solidão, o que fez enquanto esteve só no meio de tanta gente e perceba nas minhas linhas que caminhamos por estradas diferentes - mas na mesma direção. Nos desencontros aprendemos a escolher. No solo difícil tropeçamos com equilíbrio. Na subida nos esforçamos. Na descida, fomos com cuidado. E no caminho sem saída voltamos... Amadurecemos e estamos vivendo esse exato momento. Estamos, não somos.
Agora nos resta trocar as fotos daquele tempo. Permita-me ver o que fotografou e fique à vontade em meu álbum. Percebe alguma similaridade?
Me perdoe a ousadia, mas te faço um pedido: Numa pequena caixa, cuidadosamente embalada, quero um presente: Me dê a sua amizade! Não quero que ela seja a maior de todas. Não precisa ser a mais intensa e cheia de declarações. Também não faço questão que seja eterna. Peço apenas que ela seja sincera. Tenho andado por lugares diferentes e não consigo mais encontrar verdade pelo caminho.
Então você pensará: O que ganharei em troca? Não se preocupe, esse não é um pensamento mesquinho. E antecipo sua resposta: Te darei algumas linhas – publicadas em verso ou não - que irão expressar tudo aquilo que você mesma plantou em minha essência. Sei que este não é um pagamento apropriado pela sua amizade, mas certamente é a forma mais pura de deixar você se perceber em mim.
Alexandre Barreto
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