Skip to main content

Falta ou Saudade?


Conheço a história de um marinheiro que quase morreu porque no meio de uma tempestade violenta, após jogar ao mar tudo que podia para aliviar o peso, ainda assim, não conseguia manter o controle de seu barco e chegar em terra firme por conta da tempestade.

O mais irônico é que seus esforços não serviam de nada, pois ele agora sabia que o problema não estava no barco, mas na tempestade. E a tempestade, pasmem, era causada por um homem que estava em seu barco! Após dispensar o homem, o mar acalmou e a embarcação seguiu por águas tranquilas.

2018 foi um ano pra largar a mão de causadores de tempestade. A gente se dá conta que algumas situações ficam ancoradas em problemas por conta de pessoas que insistimos em trazer para nossas vidas.

Precisamos entender que cada pessoa tem seu lugar. Algumas precisam estar com a gente por uma razão, outras por uma estação e raríssimas por uma vida inteira. Se invertemos os papéis e a importância de cada uma delas, corremos o risco de enfrentar tempestades que foram causadas por nossas escolhas. Devemos soltar a mão de pessoas sim! Ninguém é obrigado.

Guardar as pedras do caminho pra “construir castelos”. Oi?!? Jogaram uma pedra no seu caminho? Desvia! Finge que não viu! Tantos campos e praias por aí e você cismando em carregar pesadas pedras pra construir um castelo... Seja menos!

Sei que tirar pessoas do barco pode causar uma certa saudade, certo?!! Errado! O que você vai sentir é FALTA: Da rotina, tempo dedicado, espaço na agenda, tudo que investiu. Depois que você preenche com a pessoa ou atividade certa, a fila... ops, a vida anda!

Ainda tem gente turbulenta do seu lado hoje?!? Solta! Seja você o único responsável pelas suas escolhas e siga por mares tranquilos.

Olhou pra trás?!? Tá liberada a confusão. 2018 foi louco mesmo. Agora olha pro lado e veja quem está contigo e mantenha seu olhar pra frente buscando seu alvo. 

2018 foi incrível. 2019 será perfeito!

Não tem certeza disso? Abre a mão e deixa ir! Liberte-se também!


Alexandre Barreto


InstagramAlex Barreto
FacebookAlex Barreto





Comments

Popular posts from this blog

Pra Rua Me Levar* - e Divagações**

“Não vou viver como alguém que só espera um novo amor,  há outras coisas no caminho onde eu vou.  Às vezes ando só trocando passos com a solidão,  momentos que são meus e que não abro mão.” O que é o tão descrito amor e quais os sentimentos que ele envolve? As pessoas hoje em dia confundem muito – e talvez nem saibam – o que de fato representa o amor. Sem respeito, admiração, companheirismo, cumplicidade, alegria, realização e tantos outros detalhes, o amor nunca pode acontecer plenamente dentro de alguém. Por isso mesmo, o amor compreende muito mais que um único sentimento na vida das pessoas e nunca pode andar divorciado de outras ações. Existem momentos em que somos forçados a andar sozinhos - trocar passos com a solidão. Não porque queremos, mas porque não existe outra opção. Essa caminhada acaba sendo necessária, mesmo porque, a solidão não deve assustar e nem comprometer o sono: Passado algum tempo de aprendizado você passa a se conhecer, aceitar e ser feliz, independente de

O Lado Fatal

I Quando meu amado morreu, não pude acreditar: andei pelo quarto sozinha repetindo baixo: "Não acredito, não acredito." Beijei sua boca ainda morna, acarinhei seu cabelo crespo, tirei sua pesada aliança de prata com meu nome e botei no dedo. Ficou larga demais, mas mesmo assim eu uso. Muita gente veio e se foi. Olharam, me abraçaram, choraram, todos com ar de incrédula orfandade. Aquele de quem hoje falam e escrevem (ou aos poucos vão-se esquecendo) é muito menos do que este, deitado em meu coração, meu amante e meu menino ainda. II Deus (ou foi a Morte?) golpeou com sua pesada foice o coração do meu amado (não se vê a ferida, mas rasgou o meu também). Ele abriu os olhos, com ar deslumbrado, disse bem alto meu nome no quarto de hospital, e partiu. Quando se foram também os médicos e sua máquinas inúteis, ficamos sós: a Morte (ou foi Deus?) o meu amado e eu. Enterrei o rosto na curva do seu ombro como sempre fazia, disse as palavras de amor que costumávamos trocar. O silêncio

La Marioneta de Trapo

Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem. Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom sorvete de chocolate. Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, vestiria simplesmente, me jogaria de bruços no solo, deixando a descoberto não apenas meu corpo, como minha alma. Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas um poema de Mario Benedetti e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à Lua. Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos