Skip to main content

Qual Seu Signo?

Hoje fui surpreendido com a brincadeira de uma amiga que me atribuiu valores nada agradáveis: Egoísta e Mesquinho. Você então deve estar pensando que tipo de “brincadeira” sem graça foi essa e como uma amiga faria isso. Então respondo: Foi a análise do perfil do meu signo! Claro que todos os outros signos eram do bem e sobrou para o meu fazer o papel de vilão. Coisas da vida...

Aposto que você está tentando descobrir qual o meu signo pra saber se está no mesmo barco que eu. Então vou facilitar para que você continue essa leitura menos angustiado: Meu signo é Ser Feliz!

Quem me conhece sabe que não acredito em signos. Acredito que o ser humano nasce sem qualquer marca ou tendência, e que o meio, as escolhas e as companhias esculpem nossa personalidade. A forma como registramos nossas experiências definirão o quanto suportaremos. Nossas escolhas serão primordiais para apontarmos o que levaremos de bagagem durante a vida.

O grupo que você escolhe diz muito sobre você, e como diria minha vó “diga-me com quem andas e te direi quem és.” Já tive a oportunidade de ver pessoas tristes com muito, e pessoas felizes com pouco. Uma matemática difícil de explicar, mas muito fácil de entender.

Poucos de nós percebemos que nossas escolhas devem ser feitas em níveis mais profundos. Não adianta você optar por ser uma pessoa melhor só hoje. Pouco vai mudar se você decide desculpar um vacilo de alguém próximo porque está de bom humor. Não vai fazer diferença nenhuma você optar por ficar animado na sexta-feira às 18h00min depois de uma semana tensa, e viver sua segunda-feira inteira reclamando.

Nossas escolhas têm que atingir as raízes de nossas relações. Elas têm que surgir da nossa vontade de perceber aquilo que nos influencia diretamente. Precisamos ser honestos com o que nos faz bem, e não simplesmente entrarmos no grupo da moda. A moda passa, a felicidade não.

Pode parecer uma pergunta idiota, mas você já parou pra pensar naquilo que tem feito você rir ultimamente? Qual a motivação da sua felicidade? A derrota alheia motiva o seu sorriso? A tristeza dos seus inimigos tem motivado a sua alegria?

Costumo dizer que a grande sacada da vida é saber sorrir. Isso mesmo! Pode parecer estranho, mas se olharmos bem vamos encontrar pessoas que se divertem daquilo que deixa os outros infelizes ou são motivadas pelo entorpecimento provocado pela bebida ou drogas... E aí a vida passa, nos tornamos duros e ao olharmos pra trás percebemos que o tempo passou... E só...

Renato Russo em seu desabafo na triste letra de A Via Láctea traduziu bem o que quero dizer, quando escreveu:

Queria ser como os outros e rir das desgraças da vida, ou fingir estar sempre bem;
Ver a leveza das coisas com humor...


Então, não deixe que um signo defina quem você é – ou quer ser. Não permita que alguém lhe diga até onde pode ir. Finalmente, não seja um ser limitado. Você não nasceu para ter limites!

Alexandre Barreto

Comments

Post a Comment

Popular posts from this blog

A Vida é uma Porcaria

Sim, a vida é mesmo uma porcaria! Não importa se você é rico, pobre, alto, magro, gordo, feio, bonito, famoso, forte, fraco, tímido, divorciado, casado, com filhos, com netos, bêbado, sóbrio ou ainda burro e ignorante. A vida é uma porcaria. Como eu sei disso? É bem óbvio. Basta observar as pessoas por aí. Existem dois tipos de pessoas. As que sabem que a vida é uma porcaria, como eu e aquelas que por algum motivo cretino tirado de não sei aonde, acham que a vida deve ser boa, ou melhor, que é boa. Eu explico. Na vida de todo mundo, sempre vão acontecer mais coisas ruins do que coisas boas, seja por azar, seja por inapetência, seja por vingança ou até por uma questão de expectativas. Basta olhar os animais nos documentários da TV, vocês já viram o inferno que eles passam para comer e fazer sexo? As vezes eles passam uma semana inteira no “rock and roll” para comer uma droga de um rato (no caso das corujas, coitadas). E os gafanhotos que finalmente quando conseguem copul...

HOJE: Lembrar de Esquecer Você

Hoje eu lembrei de esquecer você mais um pouquinho. O plano está dando certo porque nem precisei apelar pro recadinho que colei na porta da geladeira. Aos poucos consigo te enxergar como uma pessoa normal, comum, exatamente como eu. Não preciso mais olhar lá pra cima, na direção da admiração sublime, para te ver... Faz parte. Não, quer dizer, fez parte. Acho mesmo que meu maior receio era me deixar perdido dentro de você e ir embora. Como me reencontraria? Como seria o recomeço faltando pedaços? Mas isso tudo é lenda que as pessoas inseguras nos contam. O desapego ocorre aos poucos, devagar. A gente vai lembrando menos, falando menos, tocando menos. A gente elege outras prioridades, inventa novas necessidades e vai seguindo assim. Acontece mais ou menos como viver um conto de fadas ao contrário: Cria novos heróis para esquecer os vilões que, acredite, um dia foram heróis. É uma conta que não bate, mas quem disse que existe lógica em tudo?! Não quero encontrar lógica...

O Lado Fatal

I Quando meu amado morreu, não pude acreditar: andei pelo quarto sozinha repetindo baixo: "Não acredito, não acredito." Beijei sua boca ainda morna, acarinhei seu cabelo crespo, tirei sua pesada aliança de prata com meu nome e botei no dedo. Ficou larga demais, mas mesmo assim eu uso. Muita gente veio e se foi. Olharam, me abraçaram, choraram, todos com ar de incrédula orfandade. Aquele de quem hoje falam e escrevem (ou aos poucos vão-se esquecendo) é muito menos do que este, deitado em meu coração, meu amante e meu menino ainda. II Deus (ou foi a Morte?) golpeou com sua pesada foice o coração do meu amado (não se vê a ferida, mas rasgou o meu também). Ele abriu os olhos, com ar deslumbrado, disse bem alto meu nome no quarto de hospital, e partiu. Quando se foram também os médicos e sua máquinas inúteis, ficamos sós: a Morte (ou foi Deus?) o meu amado e eu. Enterrei o rosto na curva do seu ombro como sempre fazia, disse as palavras de amor que costumávamos trocar. O silêncio ...