Bem no final dessa estrada, minha história esteve mais próxima de começar. Na cidade que nasceu no topo de uma serra meu pai veio ao mundo dentro de uma casa - hábito bem comum na década de 30.
Viajei durante 3 horas de avião e outras 4 horas de carro, e mesmo colocando a planta dos meus pés naquela terra, não consigo imaginar as circunstâncias daquele 06 de dezembro de 1939.
Também não sei como meu pai e sua família chegaram ao Rio de Janeiro e muito pouco acerca da sua infância, juventude e adolescência. Mas sei que alguém deu o primeiro passo e seguiu em frente. Não no conforto de um voo, tampouco na versatilidade de um carro. Mas um dia começaram e concluíram suas missões.
O resgate do meu passado foi algo que pretendia fazer há algum tempo e confesso que tudo que consegui absorver vai impactar minha vida aqui pra frente.
Tive ajuda de amigos-anjos em Martins e até nisso vi que parte do meu coração veio mesmo daquele local - outra parte dele permanecerá lá.
Acho que todos deveriam olhar em algum momento pro passado para aprender e apreender com tudo aquilo que outros se propuseram a sacrificar para alcançarem seus objetivos.
Talvez meu pai não tenha participado ativamente dessa escolha pela pouca idade que tinha, mas tenho certeza que ele agarrou as oportunidades que teve para escrever com lágrimas, suor e as próprias mãos o seu destino.
Sei que você descansa em Deus, pai, e já se passaram 10 anos de saudades suas. Nunca quis visitar seu local de sepultamento; você não está mais lá.
Uma coisa é certa e hoje posso dizer: Encontrei sua essência em Martins. Um dia te conto pessoalmente.
Aprendi a te admirar mais! Te amo demais hoje.
Sua bênção.
Até logo...
*Texto inspirado e escrito na estrada de saída da cidade de Martins, Rio Grande do Norte. A foto foi registrada no momento e local.
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