Percebeu que faltava algo. Não sabia bem o que era, simplesmente não se dava conta de que em algum momento um detalhe fora subtraído daquele contexto.
Tentou buscar na memória, nos tempos de infância em meio a alegrias e tristezas. Nos sorrisos felizes não identificou a ausência; nas melancólicas lembranças não percebeu nada - não trazia o passado pendurado nos ombros.
Continuou sua busca nos caminhos que percorria e esqueceu da parede vazia. Sentia uma forte necessidade de encontrar o fio da meada; algo que lhe fizesse lembrar do que estava ali.
A parede estava fria;
Sua cor não existia.
Certamente não sabia
Onde seu tamanho subia ou descia.
Ele não sorria, só fingia...
De repente lhe invadiu uma imagem do sorriso prateado. Depois, a lembrança do vento em seus cabelos. Aquela fração de segundos congelada no tempo: Instantâneo! Algo começou a se formar e só então percebeu:
Era um retrato que tinha na parede!
Era uma linda e detalhada moldura habitada por uma foto simples e cativante.
Não entendeu de imediato porque o quadro não havia deixado sua marca de exposição. Então lembrou-se: colocou feliz na parede aquele retrato, o contemplou e dormiu. Quando acordou, ele não estava mais lá. O quadro não era seu. O retrato, não lhe pertencia... Os caminhos, por uma ponte, haviam sido separados...
Naquele momento percebeu: No pouco tempo em que o retrato esteve em sua parede sentiu algo tão peculiar - foi tão feliz - que hoje não precisa mais olhar para as paredes de seu coração. Carrega em si a esperança de que aquele sorriso volte a habitar seus ouvidos e reduzam a pó suas paredes. Afinal, entendeu ali que sentimentos não foram feitos para serem congelados, emoldurados e expostos: Eles devem ser vividos.
Tentou buscar na memória, nos tempos de infância em meio a alegrias e tristezas. Nos sorrisos felizes não identificou a ausência; nas melancólicas lembranças não percebeu nada - não trazia o passado pendurado nos ombros.
Continuou sua busca nos caminhos que percorria e esqueceu da parede vazia. Sentia uma forte necessidade de encontrar o fio da meada; algo que lhe fizesse lembrar do que estava ali.
A parede estava fria;
Sua cor não existia.
Certamente não sabia
Onde seu tamanho subia ou descia.
Ele não sorria, só fingia...
De repente lhe invadiu uma imagem do sorriso prateado. Depois, a lembrança do vento em seus cabelos. Aquela fração de segundos congelada no tempo: Instantâneo! Algo começou a se formar e só então percebeu:
Era um retrato que tinha na parede!
Era uma linda e detalhada moldura habitada por uma foto simples e cativante.
Não entendeu de imediato porque o quadro não havia deixado sua marca de exposição. Então lembrou-se: colocou feliz na parede aquele retrato, o contemplou e dormiu. Quando acordou, ele não estava mais lá. O quadro não era seu. O retrato, não lhe pertencia... Os caminhos, por uma ponte, haviam sido separados...
Naquele momento percebeu: No pouco tempo em que o retrato esteve em sua parede sentiu algo tão peculiar - foi tão feliz - que hoje não precisa mais olhar para as paredes de seu coração. Carrega em si a esperança de que aquele sorriso volte a habitar seus ouvidos e reduzam a pó suas paredes. Afinal, entendeu ali que sentimentos não foram feitos para serem congelados, emoldurados e expostos: Eles devem ser vividos.
Alexandre Barreto
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