Questiono-me
até
que
ponto
as perdas
levarão
algo
de
mim...
Claudia Borio - "Woman Tree"
Ainda não consigo entender bem como a correnteza que me atinge leva o que tenho de valioso. Para onde não importa. Mas por quê?
Percebo que a primeira união - a que vem do sangue - ainda é bastante eficaz no controle e diagnóstico do que é importante, e tento me concentrar no ponto em que tudo era normal. Onde ele deixou de existir? Onde ele foi violentamente atropelado e ignorado no meio da estrada?
Meus braços conseguem fazer com que meus pensamentos atinjam o Céu. Interessante perceber isso agora no meio da multidão, mas não me preocupo com o espaço físico em que estou - mas para onde vou.
Não vejo a hora da chegada da primavera. Nestas imensas noites, minha visão ficou muito limitada e preciso do sol para enxergar o meu caminho de volta.
O mais incrível é que a volta não significa o retorno.
Retorno a maneira tradicional de caminhar.
Percebo nitidamente que minhas vontades são outras e minhas prioridades estão em sintonia com a essência de tudo.
Seria uma perda?
Seria a plenitude da conquista?
Prefiro apostar que é uma possibilidade.
Fecho os olhos e vejo meus braços se estenderem. Isso é o suficiente.
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