Só conseguimos voltar a ter prazer se reciclamos nossa capacidade de observar e valorizamos detalhes não contemplados.
Tudo é relativo. Nada tem um único ponto fixo de referência ou uma única interpretação. Daí, partir para a aceitação de verdades diferentes é um real ato de altruísmo. Observar com os olhos de terceiros é um gesto sobrenatural.
A verdade nua e absoluta acaba escondendo os verdadeiros tesouros. Nada é por acaso e muito menos fácil.
Acho que a beleza ainda está no contemplar as pequenas coisas. É mais barato para a alma que tem maiores chances de continuar inteira no decorrer da existência.
Seria fácil demais concentrar-se na beleza congelada na cena: a fragilidade do momento; a busca pelos destroços; a oportunidade de fazer diferente...
Seria humano em demasia observar com tristeza a embarcação da vida naufragando; indo para o fundo; indo para a solidão eterna destrutiva; abrindo mão do direito de continuar. Seguir uma nova rota. Refazer as avarias e continuar.
Seria materialista demais buscar o cálice dourado; as riquezas sem dono; ser um fruto do consumismo esquecendo-se que tudo um dia passará para outras mãos, independente do esforço que se faz para ter - aliás ter e possuir são palavras que me lembram o vazio...
Não quero ver o caos. Me recuso a contar os destroços. A efemeridade da beleza não vai mais me atrair, muito menos, o que é palpável. Me deixe perceber que em algum canto, mesmo que em menor destaque, eu consigo ver o céu. E com ele, a certeza que tudo passará e poderei novamente desenhar uma cena que há muito habita minha mente e ainda não passou de um rascunho.
A verdade nua e absoluta acaba escondendo os verdadeiros tesouros. Nada é por acaso e muito menos fácil.
Acho que a beleza ainda está no contemplar as pequenas coisas. É mais barato para a alma que tem maiores chances de continuar inteira no decorrer da existência.
Seria fácil demais concentrar-se na beleza congelada na cena: a fragilidade do momento; a busca pelos destroços; a oportunidade de fazer diferente...
Seria humano em demasia observar com tristeza a embarcação da vida naufragando; indo para o fundo; indo para a solidão eterna destrutiva; abrindo mão do direito de continuar. Seguir uma nova rota. Refazer as avarias e continuar.
Seria materialista demais buscar o cálice dourado; as riquezas sem dono; ser um fruto do consumismo esquecendo-se que tudo um dia passará para outras mãos, independente do esforço que se faz para ter - aliás ter e possuir são palavras que me lembram o vazio...
Não quero ver o caos. Me recuso a contar os destroços. A efemeridade da beleza não vai mais me atrair, muito menos, o que é palpável. Me deixe perceber que em algum canto, mesmo que em menor destaque, eu consigo ver o céu. E com ele, a certeza que tudo passará e poderei novamente desenhar uma cena que há muito habita minha mente e ainda não passou de um rascunho.
Alexandre Barreto
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