“[...]O urso branco é um animal de hábitos diurnos e caráter solitário, que não forma outros laços familiares que não seja entre a fêmea e suas crias.”
Ouvi algumas histórias a respeito de Urso Branco neste último final de semana, e como a maioria das pessoas, sempre me surpreendo com o novo.
Foram histórias de uma menina que mais parecia uma fada: sorriso fácil, olhar leve de criança. Jeito de mulher marcada pela vida que não se rendeu às fortes tempestades que aconteceram durante a caminhada.
Minha admiração pelo Urso Branco nascia em cada frase dita, em cada espaço entre uma lembrança e outra, em cada pensamento não expresso. Me rendi a cada detalhe pronunciado a respeito dele e o admirei mesmo sem tê-lo visto. Percebi similaridades entre minhas histórias e aquela que ouvia.
Também tive um Urso Branco na minha vida e confesso que ainda fico emocionado por não ter-lhe dito tudo que pensava a seu respeito. Minha infância, juventude e adolescência não foram momentos em que aprendi a externar meus sentimentos, e por isso mesmo tenho tanta necessidade disso hoje.
Lamentações a parte, posso afirmar que cada dia tem sido novo nesta etapa. A vida tem me presenteado com novas sensações e surpresas tão agradáveis que nem conseguiria prever, mesmo sendo o mais otimista ocupante da face da Terra. Aprendo cada dia uma nova lição e a tentação em fazer o tempo parar sucumbiu à transformação do momento em eternidade: Levar as lembranças boas pelo resto da caminhada; ter a consciência de que cada dia é um recomeço; perceber o nascimento de um novo milagre a cada momento; ter a certeza de que os sonhos podem – e vão – se realizar...
Não tenho mais meu Urso Branco comigo, mas sei que não é tarde para publicar a importância que meu pai teve em minha vida. Fui educado no silêncio aprendendo a observar sua postura, sendo convidado a ser um homem melhor e dedicado à família, não me importando em ignorar moldes que a sociedade vende tão facilmente sobre os relacionamentos descartáveis e a fragilidade das relações familiares. Conheci o valor da palavra Caráter e não a troco por uma sensação fútil e efêmera...
Sei que ainda existem outros ursos brancos. Como já disse antes, me fascinei com a história de um deles neste final de semana. Vi em uma única foto sua forma imponente e a postura inconfundível de alguém que não passou simplesmente por esta vida, mas escreveu com pulso forte sua marca.
Minhas linhas de hoje são dedicadas a estes dois ursos. Espero que onde quer que estejam, saibam o quanto foram importantes e que fizeram história – como eu e uma linda fada podemos testemunhar e tentamos imitar a cada dia.
Finalizo registrando duas lindas tradições que me fizeram crer que a beleza da vida independe da língua, cultura ou forma de expressão:
“[...]Os Inuit(1) reverenciam o urso branco, a quem chamam de Nanook(2), acreditando que o mesmo se deixa abater pelos caçadores em troca de ferramentas que usaria após a morte. Poeticamente também o chamam de Pihoqahiak – O eterno andarilho.”
(1) - Os Inuítes (também chamados de Inuit) são os membros da nação indígena esquimó.
(2) - Na mitologia Inuit, Nanook é o mestre dos ursos, o que significa que ele decide se os caçadores seguiram todos os preceitos e se merecem sucesso caçando ursos.
Ouvi algumas histórias a respeito de Urso Branco neste último final de semana, e como a maioria das pessoas, sempre me surpreendo com o novo.
Foram histórias de uma menina que mais parecia uma fada: sorriso fácil, olhar leve de criança. Jeito de mulher marcada pela vida que não se rendeu às fortes tempestades que aconteceram durante a caminhada.
Minha admiração pelo Urso Branco nascia em cada frase dita, em cada espaço entre uma lembrança e outra, em cada pensamento não expresso. Me rendi a cada detalhe pronunciado a respeito dele e o admirei mesmo sem tê-lo visto. Percebi similaridades entre minhas histórias e aquela que ouvia.
Também tive um Urso Branco na minha vida e confesso que ainda fico emocionado por não ter-lhe dito tudo que pensava a seu respeito. Minha infância, juventude e adolescência não foram momentos em que aprendi a externar meus sentimentos, e por isso mesmo tenho tanta necessidade disso hoje.
Lamentações a parte, posso afirmar que cada dia tem sido novo nesta etapa. A vida tem me presenteado com novas sensações e surpresas tão agradáveis que nem conseguiria prever, mesmo sendo o mais otimista ocupante da face da Terra. Aprendo cada dia uma nova lição e a tentação em fazer o tempo parar sucumbiu à transformação do momento em eternidade: Levar as lembranças boas pelo resto da caminhada; ter a consciência de que cada dia é um recomeço; perceber o nascimento de um novo milagre a cada momento; ter a certeza de que os sonhos podem – e vão – se realizar...
“[...]A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.”
Não tenho mais meu Urso Branco comigo, mas sei que não é tarde para publicar a importância que meu pai teve em minha vida. Fui educado no silêncio aprendendo a observar sua postura, sendo convidado a ser um homem melhor e dedicado à família, não me importando em ignorar moldes que a sociedade vende tão facilmente sobre os relacionamentos descartáveis e a fragilidade das relações familiares. Conheci o valor da palavra Caráter e não a troco por uma sensação fútil e efêmera...
Sei que ainda existem outros ursos brancos. Como já disse antes, me fascinei com a história de um deles neste final de semana. Vi em uma única foto sua forma imponente e a postura inconfundível de alguém que não passou simplesmente por esta vida, mas escreveu com pulso forte sua marca.
Minhas linhas de hoje são dedicadas a estes dois ursos. Espero que onde quer que estejam, saibam o quanto foram importantes e que fizeram história – como eu e uma linda fada podemos testemunhar e tentamos imitar a cada dia.
Finalizo registrando duas lindas tradições que me fizeram crer que a beleza da vida independe da língua, cultura ou forma de expressão:
“[...]Os Inuit(1) reverenciam o urso branco, a quem chamam de Nanook(2), acreditando que o mesmo se deixa abater pelos caçadores em troca de ferramentas que usaria após a morte. Poeticamente também o chamam de Pihoqahiak – O eterno andarilho.”
Alexandre Barreto
(1) - Os Inuítes (também chamados de Inuit) são os membros da nação indígena esquimó.
(2) - Na mitologia Inuit, Nanook é o mestre dos ursos, o que significa que ele decide se os caçadores seguiram todos os preceitos e se merecem sucesso caçando ursos.
Texto lindo...perfeito,como sempre!
ReplyDeleteEscrito com grandes mãos de sensibilidade absurda. Usando alma e coração como uma fonte a jorrar.
Lindo seu texto...!
Beth
Você consegue expressar profundamente em poucas linhas o que foi e continua sendo um "grande homem" em nossas vidas.
ReplyDeleteNascemos e fomos criados por pais maravilhosos.
RAQUEL