Todo final do ano faço a mesma coisa: Abro as gavetas, vasculho os armários, vejo no quarto tudo o que tenho e perdeu a utilidade. Calças que ficaram largas, objetos que acabaram danificados e alguns utensílios não-tão-úteis assim.
Pode parecer arrogância, mas quando termino a faxina em casa, parto pro coração. Hora de avaliar o que merece ser deixado, o que precisa ficar e o que não faz mais sentido manter.
Algumas pessoas surgiram como aprendizado, outras por trazerem bons momentos e algumas não fazem mais o menor sentido - e às vezes descubro que nunca fizeram. Então, por que deixar ocupando espaço?!?
Talvez você não tenha percebido, mas somente coração de mãe não tem tamanho. O meu é bem limitado e aprendi com o tempo que não adianta tentar deixar todo mundo dentro dele. Fica apertado, acaba bagunçando tudo e você não consegue perceber quem fica lá no canto...
Pode parecer estranho, mas um dia nomeei a Razão para lidar com a organização do coração. Desde então, todo final de ano Dona Razão é convidada, chega e faz uma reunião entre os ocupantes para avaliar quem pode ficar e quem precisa - delicadamente - procurar outros lugares. Eventualmente, ligo pra Dona Razão no meio do ano para uma convocação extraordinária, mas isso não tem sido mais tão frequente.
Aprendi que as pessoas também fazem isso, mas cada uma de forma diferente. Algumas, simplesmente vão acolhendo todo mundo que aparece pela frente e deixam que a escolha seja feita entre as pessoas de tribos diferentes dentro do cômodo apertado do coração. Outras, escolhem omitir a verdade e vendem a ideia de que a rua do coração é o próprio coração. Outras ainda deixam a porta aberta como um vagão do metrô na hora do rush - entra quem quer, fica quem quiser e vai embora quem chegou na sua estação.
Não sei bem em qual grupo você está. Acho mesmo que não é da minha conta julgar a forma como escolhe o que você deixa ficar ou o que permite ir embora da sua vida. Mas te confesso que em todos esses finais de ano percebi uma coisa:
Com a razão aprendi a valorizar muito mais meu espaço, minha emoção. Não tenho mais espasmos aleatórios de alegria, como também, espetaculares curtos momentos de fascinação. A razão me fez entender que a felicidade pode acontecer em leves suspiros regulares e contínuos de alegrias.
Prefiro assim.
Feliz ano novo!
Pode parecer arrogância, mas quando termino a faxina em casa, parto pro coração. Hora de avaliar o que merece ser deixado, o que precisa ficar e o que não faz mais sentido manter.
Algumas pessoas surgiram como aprendizado, outras por trazerem bons momentos e algumas não fazem mais o menor sentido - e às vezes descubro que nunca fizeram. Então, por que deixar ocupando espaço?!?
Talvez você não tenha percebido, mas somente coração de mãe não tem tamanho. O meu é bem limitado e aprendi com o tempo que não adianta tentar deixar todo mundo dentro dele. Fica apertado, acaba bagunçando tudo e você não consegue perceber quem fica lá no canto...
Pode parecer estranho, mas um dia nomeei a Razão para lidar com a organização do coração. Desde então, todo final de ano Dona Razão é convidada, chega e faz uma reunião entre os ocupantes para avaliar quem pode ficar e quem precisa - delicadamente - procurar outros lugares. Eventualmente, ligo pra Dona Razão no meio do ano para uma convocação extraordinária, mas isso não tem sido mais tão frequente.
Aprendi que as pessoas também fazem isso, mas cada uma de forma diferente. Algumas, simplesmente vão acolhendo todo mundo que aparece pela frente e deixam que a escolha seja feita entre as pessoas de tribos diferentes dentro do cômodo apertado do coração. Outras, escolhem omitir a verdade e vendem a ideia de que a rua do coração é o próprio coração. Outras ainda deixam a porta aberta como um vagão do metrô na hora do rush - entra quem quer, fica quem quiser e vai embora quem chegou na sua estação.
Não sei bem em qual grupo você está. Acho mesmo que não é da minha conta julgar a forma como escolhe o que você deixa ficar ou o que permite ir embora da sua vida. Mas te confesso que em todos esses finais de ano percebi uma coisa:
Com a razão aprendi a valorizar muito mais meu espaço, minha emoção. Não tenho mais espasmos aleatórios de alegria, como também, espetaculares curtos momentos de fascinação. A razão me fez entender que a felicidade pode acontecer em leves suspiros regulares e contínuos de alegrias.
Prefiro assim.
Feliz ano novo!