“Homens não são fiéis ou encontram a mulher de suas vidas. Apenas ficam velhos e com preguiça."
Sou contra qualquer tipo de generalização. Acho que instituições ou grupos não podem ser colocados em uma embalagem com código de barras e armazenados em prateleiras. A grande diversificação de pensamentos e valores produz um universo infinito de homens completamente diferentes.
Se fosse escrever um livro baseado em experiências pessoais acerca dos relacionamentos que vivi e o publicasse como se fosse uma regra geral, sei que meus conselhos não serviriam para aqueles leitores que possuem o mínimo senso crítico. Mas para aqueles perdidos e fragilizados que buscam soluções rápidas e prontas, seria um perigo. Grandes pensadores e influenciadores da humanidade não escreveram sobre si, mas sobre o que observavam ao seu redor durante anos.
Classifico como hilária a frase que inicia esse texto e ela está assinada por uma escritora e roteirista que teve sua opinião divulgada numa revista voltada para o público masculino do Brasil. Não cabe aqui questionar a experiência que a referida escritora teve de embasamento para chegar a uma conclusão tão ácida a respeito dos homens, mas antropólogos e psicólogos devem achar, no mínimo, curiosa a forma de abordagem do tema.
Então me pergunto: É certo etiquetar as pessoas assim? Será que ninguém percebe que rótulos podem contribuir para alienar ainda mais as pessoas? Experiências pessoais e decepções causadas pelos nossos próprios erros devem servir de inspiração para suscitar a corrupção dos relacionamentos alheios?
Na mesma publicação, e dividindo o espaço na mesma página, o jornalista Paulo Nogueira cita elegantemente o aristocrata liberal Lord Chesterfield, que escreveu A Fina Arte de se Tronar um Homem – conselhos que foram dirigidos a seu próprio filho. Quero me ater ao primeiro conselho que considero muito oportuno: "Acima de tudo, evite falar de si mesmo."
Existe ainda uma citação que circula livremente na internet que gosto muito: “Dar conselho é uma forma de resgatar o passado da lata do lixo, limpá-lo, esconder as partes feias e reciclá-lo por um preço muito maior do que realmente vale.”
Cuidado com o que você vê, ouve ou lê. Tenha senso crítico e não permita que as pessoas entrem em sua vida particular para enfiar pela sua garganta as experiências delas como verdades absolutas. Seja o único capaz de decidir o caminho a ser tomado, para isso, você têm suas experiências, referências e sonhos. Não tenha medo de errar, e sobretudo, ame o seu leão de cada dia. Você não precisa matar cada uma de suas dificuldades, mas aprender com elas é uma excelente forma de viver.
Alexandre Barreto
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